“O casamento é entre um homem e uma mulher”. Você não poderia encontrar uma definição mais clara e nítida de casamento do que essa. Vem da Confissão de Fé de Westminster. Isso, por sua vez, ecoa fielmente as Escrituras. É uma verdade que não pode ser mudada.
A Confissão segue esta definição delineando de uma forma útil o triplo propósito do casamento. O casamento foi ordenado para: (a) “o auxílio mútuo entre marido e mulher”; (b) “o aumento da humanidade com uma sucessão legítima e da Igreja por uma semente santa”; e (c) “para a prevenção da impureza”. É desnecessário dizer que esses objetivos também excluem tentativas de redefinir a instituição do casamento.
Muitos agora se perguntam em alta voz se o casamento grupal poderia ser o próximo casamento gay. Políticos politicamente corretos, professores de direito e advogados estão entre eles. Certamente isso é apenas mais um ajuste, depois de redefinir completamente o casamento? Se a sociedade foi obrigada a criar “casamento entre pessoas do mesmo sexo” para reconhecer laços de afeição adulta, ela pode negar o caso da poligamia? Haverá um movimento para tolerar tais acordos de coabitação e reconhece-los legalmente? Isso aconteceu em alguns países que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No processo, a instituição do casamento se torna sem sentido.
Talvez seja hora de refletir sobre por que devemos rejeitar a poligamia. A Confissão de Westminster novamente oferece uma declaração concisa. “Tampouco é lícito ao homem ter mais de uma esposa, nem a mulher ter mais de um esposo, ao mesmo tempo”. Mas sabemos por que a poligamia está errada? Como você argumentaria contra isso? Se usarmos apenas argumentos pragmáticos, ao invés de bíblicos, deixaremos a nós mesmos acuados. A Confissão aponta para Gênesis 2:24; Mateus 19:5-6 e Provérbios 2:17. Em seu comentário sobre a Confissão chamado de “Truth’s Victory over Error” [A Vitória da Verdade sobre o Erro], David Dickson elabora ainda mais a compreensão por trás disso.
1. Ter duas esposas, ou muitas esposas, é contrário à primeira instituição do casamento. O Senhor deu a Adão somente uma esposa (Gênesis 2:24).
2. A Lei de Deus proíbe explicitamente a bigamia (ter duas esposas) (Levítico 18:18).
3. O Senhor, nitidamente, encontra culpa na poligamia, ou em muitas esposas (Malaquias 2:14-15).
4. Cristo diz que aquele que se divorciar de sua esposa e casar-se com outra (exceto no caso de adultério) comete adultério (Mateus 19:9). Se fosse lícito ter mais de uma esposa ao mesmo tempo, ele não seria culpado de adultério ao casar-se com outra pessoa, independentemente de ter ou não se divorciado de sua primeira esposa.
5. Bigamia e poligamia tiram a verdadeira paz de uma vida conjugal. Isto é evidente a partir dos exemplos de Jacó (Gênesis 30) e Elcana (1 Samuel 1:6).
6. A bigamia foi inventada por um homem ímpio, ou seja, Lameque (Gênesis 4:19).
Dickson (c.1583 – 1662) foi um professor de teologia cujos escritos são claros e concisos. Ele escreveu comentários sobre muitos diferentes livros das Escrituras.